segunda-feira, 14 de março de 2011

Tabajara Ruas e os Senhores da Guerra.


Eram os últimos dias da Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul. Uma guerra civil destruía o sul do Brasil. Famílias eram divididas por suas posições políticas. De um lado os Chimangos (ou borgistas, representados pelo lenço branco). Do outro, os Maragatos (federalistas representados pelo lenço vermelho). Essa história tu poderás conferir no filme: “Os Senhores da Guerra”, do escritor José Antônio Severo, descrito em imagens pelo mago do cinema gaúcho, Tabajara Ruas.
Nascido em Uruguaiana, em 1942, Tabajara Ruas estudou Arquitetura na UFRGS, mas foi na publicidade que encontrou seu caminho. Ruas peregrinou pelo mundo, durante o período da ditadura militar no Brasil, que lhe deu grande experiência. Produziu diversos trabalhos fora do país. Mas sua grande marca no Rio Grande do Sul pode-se dizer que foi o filme: “Neto perde sua Alma” que, além dos cinemas, brilhou em rede nacional de televisão.
A revista-Gibi “Guerra dos Farrapos”, de Tabajara Ruas e Beto Souza, editados pelo IGTF (Instituto Gaucho de Tradição e Folclore) fez grande sucesso nas escolas, mas a produção de 10.000 exemplares pelo Correio do Povo, em 2010, juntamente com o DVD duplo dos filmes: “Neto perde sua alma” e “ Neto e o domador de cavalos”, levou ao ápice a divulgação da historia gaúcha.
Pois 2011 promete muito para o cinema do Rio Grande do Sul. Tabajara está com dois trabalhos em andamento e ainda achou tempo para roteirizar, juntamente com a escritora Leticia Wierzchowski, o Filme: “O Tempo e o Vento” que terá a direção de Jayme Monjardim.
Portal MTG foi até o escritório do cineasta para trazer as novidades do cinema gaucho para 2011. Vamos viajar na história com Tabajara Ruas.

Portal MTG–  Depois dos grandes sucessos de “Neto”, o que podemos esperar dos “Senhores da Guerra”?
Tabajara– Estamos com este empreendimento que tem o roteiro do José Antônio Severo, que conta a história de dois irmãos separados pela violenta guerra civil que assombrou o RS em 1923. Bom elenco. Já contamos com toda equipe de produção. Financiamento. Temos tudo para mostrar um lado que ninguém conhecia da Revolução de 23.
Portal MTG– Onde será a locação do filme?
Tabajara – Vamos usar vários lugares. Cidades como  Gravataí, Caçapava do Sul, Santa Maria, Barra do Ribeiro, Marcelino Ramos e Porto Alegre.
Portal MTG– Falastes que já tem o financiamento do filme. Como se dá esse apoio ao cinema nacional?
Tabajara– A Lei Nacional do Audiovisual é fundamental para a produção cinematográfica. Sem ela não seria possível fazer cinema no Brasil. Já temos a EMBRAER e o Itaú como parceiros. Estamos aguardando o BANRISUL, afinal o Banco dos gaúchos não deve ficar fora desta obra.
Portal MTG – Como irão funcionar as filmagens? Quando começarão?
Tabajara – Bem, pretendemos gravar em duas partes. Uma será “O Passo das Carretas”, como se fosse a “parte-1”. Depois gravaremos a segunda parte que é “O Passo da Cruz”.
Daremos inicio, à principio, dia 12 de abril. O planejamento inicial seria dia 29 de março, mas vamos adiar para começar em Marcelino Ramos dia 12 do mês que vem.
Portal MTG – E o elenco?
Tabajara – Ah, teremos o Marcos Breda, O Zé Vitor Castiel, Fernando Zandonai, o Pirisca Grecco, velho conhecido do meio musical gaúcho, a Manoela D’Agostini, entre outros. Um belo elenco. Mas teremos de apressar e cumprir o cronograma por causa das agendas dos atores.
Portal MTG – E “O Tempo e o Vento”? Como surgiu essa idéia de roteirizar o filme que será dirigido pelo Jayme Monjardim?
Tabajara – Eu e a Leticia Wierzchowski somos amigos antigos.  Já fizemos o roteiro do filme e já está com o Monjardim. Temos uma grande amizade e fica fácil trabalhar assim. Ela é uma pessoa maravilhosa e super profissional e o grande exemplo tá ai “A casa das sete mulheres”.
Tabajara Ruas explicando cronograma da gravação

Cartaz do filme Senhores da Guerra

Maquete da locação

Texto: Rogério Bastos
Fotos: Jean Carlos Bastos.

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