Origem do Nome do Festival
Carijo
O nome Carijo da Canção
Gaúcha foi inspirado no CARIJO ERVATEIRO, que é um jirau de varas
toscas, horizontal ou em forma de cumeeira rasa, a um metro e meio ou
pouco mais do solo, onde se colocam os feixes de erva-mate, já sapecada,
para a secagem ao calor direto do braseiro que arde embaixo de toda a
extensão do Carijo. A distribuição do calor obriga os rondeiros do
carijo a passarem as noites em vigilância, emparelhando o braseiro com o
auxílio de guampas d’água, atiradas de quando em quando sobre as
labaredas mais altas, cujas faíscas podem ocasionar incêndios.
Por isso, geralmente
constrói-se os carijos em clareiras, nos recessos dos matos, próximos a
um córrego ou vertente e se rondam à noite, quando não venta.
À lenha
ordinária costuma-se misturar plantas aromáticas, como guabiroba,
cabreúva, pitangueira, na intenção de transmitir seu gosto e odor à
erva-mate.
O benefício da erva-mate
compõe-se de corte, sapeco, secagem, cancheio, soque e acondicionamento.
Todas essas operações podem ser individuais, menos a secagem no carijo,
que é operação coletiva, espécie de ritual festivo, verdadeiro salão
social dos ervateiros, a cargo de tarefeiros e visitantes, inclusive
moças.
O processo da secagem no
carijo pode durar até três noites, o que favorece a reunião onde são
contados causos, anedotas e até mesmo propiciando romances. Carijo
armado ou carijo aceso significam namoro em Palmeira das Missões.
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